sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Salve o Vila Nova


Algumas coisas a "mim me foram" reveladas sobre a próxima tarde que nos aguarda.
Algo que nem o mais otimista dos vilanovenses(meu Tio Hely) poderia esperar deve acontecer amanhã, sábado(6/8) no maior clássico do Centro-Oeste.

Detalhes da revelação:

Aproximava-se das 2:00 da madrugada fria de ontem para hoje e algo começou a me incomodar. Acho que era o canto das torcidas que uniam vozes para empurrar seus jogadores. Harley(pré-candidato a vereador por alguma partido de direita segundo uma rádio local) todo posudo, como sempre, já dava entrevistas enquanto o resto dos jogadores alviverdes entravam em campo com uma soberba incomparável, sentimento que havia nascido após a sequência de vitórias inquestionáveis. Do outro lado do campo, Roni, atual presidente/patrocinador do Vila Nova, parecia estar fazendo um trato com a bola, trato que eu presenciaria minutos depois.

- "Apitou" - foi o que gritou a voz de ouro do rádio brasileiro, anunciando o início de mais um clássico inesquecível.

5 min - Vila Nova parecia estar jogando fora de casa, já que marcava, marcava e marcava com seus 9 homens do meio para trás, formação anunciada por Hélio dos Anjos dias antes. Enquanto isso, Roni assistia e segurava dois marcadores no campo de ataque, já que o resto dos jogadores do Goiás empurrados pela torcida buscavam encontrar espaço dentro do campo adversário.

Já podíamos ouvir a voz de ouro do rádio dizer que estávamos na marca dos 15 minutos, quando a torcida alviverde assistia ao chute indefensável de Iarley acertando o fundo da rede Vilanovense.

Hélio dos Anjos parecia não acreditar que tão cedo o time aceitaria a pressão alviverde e ficaria atrás do placar. Mesmo abatido gritava, nocauteava o ar com seus murros e palavras impublicáveis, palavras que tinham um fim: 'ofender o ego já cômodo dos jogadores colorados.

A torcida colorada em menor número, devido a disponibilização de ingressos tão criticada, parecia entender que seria apenas mais um dos últimos clássicos. Até assisti a um chute de longa distância do pupilo de Hélio(Luís Fernando), que tiraria tinta da trave esquerda do gol alviverde.

Para os radialistas, apenas um chute para anunciar em seus microfones, mas para a nação vilanovense foi muito mais que um chute, foi uma injeção de esperança para aqueles que haviam visto o sentimento esmaecer com os 23 minutos de jogo.

Já contabilizariam os 37 minutos do primeiro tempo, quando todos ali assistiram a uma jogada magistral do centroavante colorado. Roni, em um momento iluminado encobre R.Toloy com um chapéu e acerta o canto direito do goleiro do Goiás. Todos pareciam inconformados com tamanha genialidade do camisa 7 do Vila tão criticado por mim e por todos.

Com tudo isso, o Vila se mantinha no ataque, importunando a zaga do Goiás que já não parecia tão inquestionável como nos últimos jogos, até que o árbitro apitava e apontava o centro de campo anunciando o fim do primeiro tempo.

Os 15 minutos de reflexão para os alviverdes reverem os erros e os mesmos 15 minutos para os colorados acertarem o que restava para virarem a partida já haviam se encerrado e ambos os representantes dos clubes estavam em campo para inicar a segunda etapa.

16 minutos - Vila parte em um contra ataque fulminante pela esquerda com Jorge Henrique que, ao cruzar a bola para a grande área, encontra o protagonista do jogo, Roni, que cabeceia para o chão no contrapé de Harley resultando no grito ensurdecedor da nação colorada.

Com o Goiás atrás no placar, o Vila investia nos contra ataques que acabavam sendo as melhores chances do jogo, já que os jogadores de verde pareciam não aguentar a pressão.

- "Roni pede pra sair" - dizia Vinícius Tondolo informando seus ouvintes.

Exausto, porém reverenciado, o camisa 7 saía valorizando o tempo, rumo ao banco de reserva, enquanto Leandro Cearense ansioso esperava na beira do gramado. Antes de sair, Roni parecia contar o segredo dos gols para o seu sucessor na partida.

Sucessor que, após o primeiro toque na bola, tabelaria com Luís Fernando, resultando em um gol de cobertura no maior líbero do Goiás. Lance que liquidaria a partida, polindo o ego e as estrelas da flâmula colorada


Minutos depois, o jogo findara e a revelação esmaecia em mais um grito do despertador

espero o resto amanhã.

De um não Vilanovense.

Autor: Fallante.::
Correção: Laís de Oliveira Santos